Ao segundo dia continuam a ser fortes as perturbações provocadas pela greve dos controladores aéreos franceses, entre atrasos e ligações canceladas.
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De acordo com a página oficial da ANA - Aeroportos de Portugal, esta quarta-feira há pelo menos 25 voos cancelados entre França e o Porto ou Lisboa: 13 voos da TAP, dois da Air France e dez da Ryanair.
No que diz respeito às chegadas e partidas no aeroporto de Lisboa, foram cancelados oito voos da TAP e dois da Air France de e com destino a Paris, Lyon, Nice e Marselha.
No aeroporto Sá Carneiro, no Porto, foram cancelados cinco voos da TAP e dez da Ryanair de e com destino a vários aeroportos franceses.
Nos aeroportos de Paris, há vários atrasos e dezenas de ligações canceladas. A previsão é, no entanto, de um dia com menos problemas, já que a Direção Geral de Aviação Civil de França decidiu reduzir para metade os voos previstos para hoje.
«A situação deverá manter-se relativamente calma devido ao pedido da Direção Geral da Aviação Civil para que as companhias cancelassem 50 % dos voos programados para este período de greve», disse um porta-voz da companhia que gere aos aeroportos da capital francesa.
O mesmo responsável disse esperar «vários atrasos ao longo do dia» e aconselhou os passageiros a não se deslocarem para os aeroportos sem, primeiro, consultarem as companhias aéreas com quem contrataram a viagem.
Os trabalhadores europeus do setor da navegação aérea estão contra as políticas que a Comissão Europeia está a preparar, no âmbito do projeto do Céu Único Europeu, com o objetivo de sensibilizar a opinião pública, mas também os governos e os políticos, para a «gravidade» do pacote de medidas que está a ser preparado.
Ainda assim, os controladores aéreos franceses foram os únicos que entregaram pré-aviso de greve que cumprem desde terça-feira e se prolonga até à madrugada de quinta-feira.
Em causa, segundo os trabalhadores europeus, está a perda de soberania dos Estados na gestão dos seus espaços aéreos e estão em risco milhares de postos de trabalho, em particular nos países periféricos da União Europeia.