Para que o Algarve tenha empregos no Inverno o Governo quer investir dois milhões de euros. A Associação dos Hotéis a Sul e a União de Sindicatos consideram pouco.
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O ano passado, o primeiro em que o programa foi lançado, só 500 pessoas o frequentaram e não se gastaram mais de 500 mil euros dos cinco milhões que estavam previstos.
Pedro Roque, o secretário de Estado do Emprego, admite que o programa começou tarde demais e por isso em 2013 está já a ser lançado.
O programa é para começar na época baixa, em Novembro. O secretário de Estado pretende que entre 2 mil a 5 mil pessoas sejam envolvidas e que os empresários adiram e renovem os contratos aos trabalhadores.
O subsídio pago pelo Governo será de 50% do salário bruto e até 460 euros por trabalhador, mas Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis do Algarve, considera que há lacunas neste programa.
«As pessoas só podem frequentar a formação um ano e pensamos que um programa deste género devia ter uma duração de pelo menos três anos. Por outro lado, os apoios que são dados é apenas sobre uma parte do vencimento dos trabalhadores que são contratos ou se mantêm ao serviço, mas as empresas são obrigadas a pagar os encargos, sobretudo o vencimento», defende.
Também António Goulart, dirigente da União dos Sindicatos do Algarve, que tinham vários elementos à espera dos governantes pedindo a demissão do Governo, não acredita na bondade da medida e diz que é apenas «uma gota de água».
No primeiro trimestre deste ano, o Algarve atingiu uma taxa de desemprego de 20,5%.