Resultados beneficiam da "expansão contínua do resultado core, que se cifrou em 254,8 milhões no 1º trimestre de 2017, um crescimento de 20% face ao 1º trimestre do ano anterior"
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O BCP teve até março de 2017 um resultado positivo de 50, 1 milhões de euros. É uma melhoria de 7% face ao lucro alcançado há um ano de 46,7 milhões de euros.
Nuno Amado, presidente do BCP, realçou na conferência de imprensa de apresentação de contas, em Lisboa, que a melhoria do resultado líquido está ligada à "expansão contínua do resultado 'core' [margem financeira mais comissões menos custos operacionais], que mais do que quintuplicou desde o primeiro trimestre de 2013".
O resultado 'core' do BCP aumentou 19,5% no primeiro trimestre (face a igual período do ano anterior), atingindo os 254,8 milhões de euros, graças ao crescimento de 13,7% da margem financeira para 332,3 milhões de euros e à redução de 2% dos custos operacionais para 238,3 milhões de euros.
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Questionado sobre se o banco tenciona continuar a reduzir pessoal e a encerrar balcões, o presidente do BCP esclareceu que "o grande esforço já foi feito".
"Esse esforço significativo foi feito entre 2012 e 2014. Em 2015 e em 2016 já foi menor e em 2017 menor será", garantiu Nuno Amado sublinhando que este ano foram encerradas "três sucursais" e saíram dos quadros seis colaboradores.
Novos administradores já receberam luz verde do Banco Central Europeu
Nuno Amado anunciou que o Banco Central Europeu (BCE) já deu autorização para que os administradores nomeados pelo acionista Fosun, João Nuno Palma e Lingjiang, integrem a equipa da gestão do banco.
"Acabamos de receber autorização por parte do BCE para dois administradores que entraram, na sequência do investimento da Fosun no capital do banco", disse Nuno Amado.
A ratificação destes administradores - LinJiang Xu como não executivo e João Nuno Palma (ex- administrador financeiro da Caixa Geral de Depósitos) como executivo - deverá ser agora feita na assembleia-geral anual do banco, prevista para 10 de maio, encontro que servirá ainda para os acionistas deliberarem sobre as contas do banco e a proposta de aplicação de resultados.
No final de 2016, o principal acionista do BCP era o grupo chinês Fosun com 16,67%, seguido da petrolífera Sonangol com 14,87%. Já o grupo EDP tem 2,15% do capital social.