A estação de metro do Aeroporto de Lisboa foi inaugurada há exatamente um ano e recebeu, até maio de 2013, mais de dois milhões de passageiros, um número que superou as expetativas da empresa.
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De acordo com dados do Metropolitano de Lisboa, a estação do Aeroporto, em conjunto com as estações da Encarnação e de Moscavide, inauguradas na mesma altura, levou mais 12% de utentes à linha vermelha.
O troço Oriente-Aeroporto teve quase 10 milhões de passageiros até maio de 2013 (incluindo os utilizadores da estação Oriente).
Assim, afirmou a empresa, «a expectativa inicial está a ser perfeitamente cumprida. No que respeita ao número de passageiros que utilizam as estações do Aeroporto, de Moscavide e da Encarnação, as estimativas do Metro têm sido superadas».
Entre julho de 2012 e maio de 2013, entraram na estação do Aeroporto 1.122.963 passageiros e saíram desta estação 1.059.581 passageiros, tendo o movimento ultrapassado os dois milhões de utilizadores.
Na estação da Encarnação entraram, no mesmo período, 436.848 passageiros. Saíram da estação 442.001 passageiros, sendo o movimento total de quase 900 mil utentes.
No caso da estação de Moscavide, o movimento registado foi superior ao registado na estação do Aeroporto: 2.596.491 utentes entre julho de 2012 e maio de 2013, correspondendo a 1.391.660 entradas e as 1.204.831 saídas.
Este troço que agora faz um ano tem uma extensão de cerca de 3,3 quilómetros e implicou um investimento na ordem dos 218 milhões de euros.
Contactados pela agência Lusa, responsáveis da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (a ANTRAL, que representa 2.800 dos cerca de 3.500 táxis que circulam em Lisboa) e da Federação Portuguesa do Táxi (FPT, que representa cerca de mil taxistas em Lisboa) afirmaram que a chegada do metro ao Aeroporto prejudicou o seu negócio, embora tenham dito não dispor de números para quantificar esta quebra.
Os representantes dos taxistas reconheceram, contudo, que a extensão da linha vermelha até à Portela foi positiva para os utentes.
A agência Lusa questionou ainda a rodoviária Carris no sentido de perceber se a procura dos serviços de transporte da empresa até ao aeroporto tinha sofrido uma quebra no último ano e se essa eventual redução podia relacionar-se com a entrada em funcionamento do metro.
Em resposta, a Carris recordou que, «no contexto do prolongamento da linha vermelha do metropolitano, a empresa efetuou, em julho de 2012, diversas alterações de serviço, que permitiram ajustá-lo numa lógica de melhor aproveitamento dos meios disponíveis e de potenciação da intermodalidade», considerando que «as diferenças no serviço prestado nesta zona em 2012 e em 2013 não permitem efetuar comparações sobre os dados referentes à procura».
Para o presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, José Manuel Rosa do Egipto (PS), esta obra «só trouxe benefícios», sobretudo ao nível das acessibilidades e da requalificação do espaço público: «As melhorias são evidentes. A chegada do metro é uma mais-valia para todos: para quem aqui vive, para quem visita a freguesia, e para quem tem que se deslocar aqui. Só traz benefícios», disse o autarca.