O presidente da EDP afirmou que o Governo deu «uma prova de ausência de preconceitos» ao escolher a chinesa Three Gorges Corporation para acionista da elétrica que lidera.
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Em entrevista ao Jornal das 8, da TVI, António Mexia considerou que «seria muito mau olhar para isto [o processo de privatização] com preconceitos», elogiando «a capacidade de execução invulgar» que o Executivo PSD/CDS-PP deu provas durante o processo de alienação da participação pública de 21,35 por cento na elétrica.
O presidente da elétrica garantiu que «não tinha nenhuma preferência», considerando que o essencial era que «fosse o melhor projeto para maximizar o resultado para o Estado e para a companhia e esta oferta tinha indiscutivelmente o melhor preço e uma proposta industrial fundamental, importantíssima para os acionistas».
Nesse âmbito, o gestor não tem dúvidas que a proposta dos chineses é favorável tanto para o Estado, que com a transação encaixa cerca de 2,7 mil milhões de euros, «com um prémio de praticamente 53 por cento sobre o valor em bolsa», como para a elétrica, que, referiu, aumenta o capital e tem financiamento garantido, «o que é muito importante num momento em que a restrição financeira é grande».
Contas feitas, António Mexia adiantou que o investimento da Three Gorges Corporation ronda os 8,7 mil milhões de euros.
Sobre a continuidade à frente da EDP, António Mexia disse estar «sempre disponível» para projetos em que acredita, realçando que é uma decisão que está nas mãos dos acionistas, a ser tomada na próxima assembleia-geral.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]