O PSD considerou a taxa de desemprego como «muito preocupante», o PCP acusou o Governo de ser «incapaz» de fazer face à realidade e o CDS sublinhou que Portugal vive um dos «piores momentos de que há memória».
Corpo do artigo
De acordo com o deputado social-democrata Adão e Silva, os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística «são números muito preocupantes» e que demonstram o «estado calamitoso a que o Governo trouxe o país», e acredita que a situação se agrave anda mais.
«É de facto uma situação muito preocupante do estado calamitoso a que o Governo trouxe o país. Nós pensamos para além disso que a situação se vai agravar ainda mais. Diz o senhor governador do Banco de Portugal que já está numa situação de recessão, ora uma situação de recessão não cria emprego e gera desemprego», afirmou.
O partido reagia assim aos dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, que indica um aumento da taxa de desemprego para 11,1 por cento no quarto trimestre, terminando 2010 com uma taxa de 10,8 por cento.
Por seu turno, o PCP considerou que os dados do desemprego demonstram «a incapacidade do Governo em fazer face a esta realidade» e que é necessária uma ruptura de políticas.
«É infelizmente um novo recorde para o desemprego, em dados nunca obtidos para o nosso país. 11,1 por cento em sentido estrito, em sentido alargado 13,6 por cento. São mais de 760 mil os desempregados no nosso país, o que demonstra bem a situação preocupante, dramática dos desempregados, e a incapacidade do Governo de fazer face a esta realidade», afirmou o deputado Jorge Machado.
Do lado do CDS, Pedro Mota Soares considerou que este é um «recorde negro», sublinhando que Portugal vive um dos «piores momentos de que há memória».
Já o Bloco de Esquerda defendeu que os dados do desemprego denotam «o fracasso das políticas do Governo no combate ao desemprego», sublinhando que a tendência vai ser de «agravamento» tendo em conta o actual período de recessão.