Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas estima agravamento do IRS superior a 6%
Perante os dados da proposta preliminar do Orçamento do Estado para 2013, o bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingues Azevedo, prevê um agravamento médio do IRS superior aos 6%.
Corpo do artigo
Uma versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano indica que os escalões de IRS oscilam entre os 14,5 por cento, em rendimentos até sete mil euros, e os 48 por cento, para rendimentos superiores a 80 mil euros.
Contactado pela TSF, Domingues Azevedo, bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, fala «num agravamento do IRS na ordem dos 6,4/ 6,5%».
«Ou seja, o que o Governo nos vem dizer é que há um aumento por efeito do reenquadramento dos escalões na ordem dos 2 por cento e mais um taxa adicional de 4 por cento aplicável a todos os sujeitos passivos de IRS. Ora, se tivermos em atenção que o IRS se aplica também, e que não faz parte destas contas, os profissionais liberais e os empresários em nome individual (...) isto aumentará o agravamento do IRS na ordem dos 0,4/0,5%. Por isso, teremos um agravamento anual na ordem dos 6,4/6,5%», esclareceu.
Neste sentido, Domingues Azevedo afirma que o Governo «está literalmente a acabar com a classe média em Portugal, por isso daqui a pouco temos ricos e pobres».