De acordo com um estudo, o impacto negativo provocado pelos passageiros que não pagam bilhete chega aos cinco milhões de euros por ano só na Carris.
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A Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa indicou que quem não paga bilhete na Carris, Metro e CP causa um prejuízo de oito milhões de euros por ano a estas empresas.
Segundo um estudo encomendado pelo Governo, revelado pelo Público Online, a taxa mais elevada de fraude acontece na Carris, onde, numa tarde de junho, na carreira 794, entre o Terreiro do Paço e a Gare do Oriente, 59 por cento não pagaram bilhete.
Ainda de acordo com este estudo, a taxa média de ilegalidade na Carris é de 15,2 por cento, se bem que na carreira 793 e no elétrico 15 foram mais de 30 por cento os que não pagaram bilhete.
O prejuízo mensal desta fraude ultrapassa os 400 mil euros por mês, sendo que o impacto negativo nas contas da empresa ao final de um ano chega aos cinco milhões de euros.
Este estudo indica ainda que são esperados prejuízos de 2,5 milhões de euros na CP e de um milhão de euros no Metro por causa deste tipo de fraude.
Os especialistas lembram que os prejuízos são maiores na Carris, uma vez que no Metro e na CP o acesso às estações é apenas aberto a quem tem bilhete ou passe.
Antes de serem revelados os detalhes deste documento, o secretário de Estado dos Transportes defendeu que é urgente acabar com as fraudes nos transportes públicos e que são as administrações das empresas que têm de «propor medidas».
«São eles que conhecem em primeira linha a realidade. Pedimos o diagnóstico ao regulador. O regulador enviou-nos o diagnóstico e perante este temos de pedir aos conselhos de administração que preparem planos de ação», disse Sérgio Monteiro.