Durante uma visita oficial ao México, Passos Coelho falou na necessidade de aproveitar melhor os portos portugueses e mexicanos e defendeu uma atualização do acordo comercial entre a União Europeia e o México.
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O primeiro-ministro pretende duplicar as relações comerciais bilaterais com o México, o quarto maior parceiro de Portugal fora da União Europeia e o segundo maior na América Latina.
«Podemos num tempo que não tem de ser longo duplicar em termos comerciais as relações que mantemos», afirmou Pedro Passos Passos Coelho, durante uma visita que iniciou esta quarta-feira ao México.
Por seu lado, o presidente mexicano, Peña Nieto, mostrou-se especialmente interessado nas privatizações portuguesas e que o seu país estava muito atento a Portugal.
«A partir das políticas que Portugal empreendeu, especialmente de empresas estatais, o primeiro-ministro convidou-nos para que investidores nacionais conheçam os âmbitos, espaços, oportunidades e investimentos» em Portugal, adiantou.
Se o setor dos seguros da Caixa Geral de Depósitos pode estar no centro dos interesses mexicanos, Passos Coelho frisou que os portos podem fomentar novas áreas de negócio.
«Portugal tem um dos maiores portos de águas profundas da Europa e seguramente o primeiro para quem viaja por barco do continente americano. Precisamos de tirar um partido maior dos portos portugueses e dos que existem aqui no México», frisou.
Peña Nieto, que acredita que se tenham «construído bases importantes para a ampliar as relações» entre os dois países, admitiu visitar Portugal em 2015, quando se comemorarem 150 anos de relações comerciais entre Portugal e o México.
Depois da conversa com o presidente mexicano, Passos Coelho defendeu a revisão do acordo comercial entre a União Europeia e o México, o mais antigo entre o bloco europeu e um país do continente americano.
«Só agora estamos a desenvolver esforços para obter um acordo de nova geração com os países da América do Sul que estão reunidos no Mercosur e com os EUA», explicou.
Neste contexto, Passos Coelho defendeu uma atualização do acordo comercial entre o México e a UE para «ampliar as possibilidades de comércio entre os dois grandes blocos».