Em Washington, Christine Lagarde avisou ainda que os países não vão poder descansar, ainda que as perspetivas para a economia mundial sejam mais favoráveis em 2013.
Corpo do artigo
A diretora-geral do FMI entende que Portugal necessita de mais medidas de consolidação, contudo, terá de ser o Governo a escolher as que são mais adequadas.
Numa conferência de imprensa em Washington, Christine Lagarde explicou ainda que Portugal está a trabalhar na redução do seu défice e frisou a necessidade de «levar em frente a consolidação fiscal».
Depois de dizer que o FMI fez apenas «propostas», Lagarde explicou que o «Governo de Portugal tem de decidir o que é mais apropriado para a realidade portuguesa».
Christine Lagarde adiantou ainda que Lisboa tem de dizer «se tem outras alternativas que sejam concretizadas de modo a que ao mesmo tempo se atinja a consolidação fiscal e se preserve a vontade da sociedade portuguesa que é legítima e aceitável».
A responsável máxima do FMI avisou também que os países não vão poder descansar, ainda que as perspetivas para a economia mundial sejam mais favoráveis em 2013.
Lagarde defendeu que o «colapso foi evitado» devido à tomada de «decisões certas», o que aconteceu especialmente na Zona Euro e nos EUA, mesmo que estas decisões tenham surgido «à última hora».
«Têm de ser feitos progressos na união bancária», acrescentou a responsável máxima do FMI, que pediu também uma monitorização mais séria dos bancos.
A diretora-geral do FMI considerou ainda que a reforma do setor financeiro está estagnada, uma vez que estão a ser feitas «reformas diluídas, suaves e marginais».
Christine Lagarde entende ainda que não houve melhoras no combate ao desemprego, «algo que reconhecemos como crítico, tanto do ponto de vista económico como social».