À espreita de numa nova oportunidade para ir ao mercado, o presidente do IGCP acredita que as taxas de juro vão manter a tendência de queda e será possível novas emissões de dívida com ou sem ajuda dos bancos. Assegurada boa parte do financiamenrto para este ano, Moreira Rato revela que a ideia é começar a arrecadar dinheiro a pensar já no periodo 'pós-troika'.
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O objetivo é seguir o exemplo da Irlanda, que garantiu parte do financiamento para 2014 antes de sair do resgate, em dezembro. Um caminho que Portugal também quer percorrer.
O presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público não quer falar em quantias, mas assume uma tarefa: criar uma almofada financeira para 2015.
As declarações de Moreira Rato ao "Financial Times" estão a ser citadas pelos jornais económicos online. Nesta entrevista, o presidente do IGCP assegura que faz sentido Portugal avançar o mais que puder na angariação de fundos para 2015.
Moreira Rato confia que os juros vão continuar a descer, criando, assim, condições para novas idas aos mercados. Algo que recentemente a secretária de Estado do Tesouro admitiu.
Há quatro dias, Portugal foi ao mercado buscar 3,25 mil milhões de euros, ou seja, quase metade do financiamento que o país precisa para este ano.
O presidente do IGCP reconhece que a emissão poderia ter sido mais elevada, mas a ideia é deixar espaço para outras operações.