O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) acusou hoje a administração da transportadora aérea SATA de ter obrigado trabalhadores a furarem a greve, ultrapassando as horas estipuladas para serviços mínimos.
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«A administração do Grupo SATA convocou diversos tripulantes de cabine para trabalharem de assistência nos aeroportos durante todo o dia, obrigando assim os trabalhadores a furarem a greve por ultrapassarem em larga escala o número de horas estipuladas nos serviços mínimos», indica o SNPVAC em comunicado.
O presidente do sindicato, Rui Luís, classificou como «incompreensível a postura dos responsáveis do Grupo SATA», porque «não fizeram nada para evitar esta greve e agora parecem apostar em boicotar um direito que constitucionalmente e legalmente assiste a qualquer trabalhador: o direito à greve».
Em resposta ao sindicato, a SATA disse à TSF que não é verdade que esteja a obrigar trabalhadores a furarem a greve.
A SATA explicou que, simplesmente, pediu aos trabalhadores para que cumpram os serviços mínimos.
Os trabalhadores da SATA Air Açores e da SATA Internacional iniciaram às 00:00 de hoje um período de greve que se estenderá até 25 de abril e se deverá repetir entre os dias 02 e 04 de maio.
As razões da greve prendem-se com a não aplicação na companhia aérea insular do memorando de entendimento assinado por sindicatos, TAP e Governo da República, que asseguraria condições de igualdade entre os trabalhadores açorianos e os do continente.