O presidente da TAP disse que já foram canceladas 21.000 reservas de voos para os dias da greve, de 21 a 23 de março, um protesto que, a concretizar-se, deverá custar 15 milhões de euros.
Corpo do artigo
O presidente da TAP, que falava aos jornalistas à margem de um debate numa livraria lisboeta, afirmou que foram canceladas «21.000 reservas até ao dia de ontem [segunda-feira]», acrescentando que «até ao dia da greve [o número de reservas canceladas] vai sempre aumentar».
Interrogado sobre quais os custos estimados da greve, Fernando Pinto adiantou que o protesto tem um custo «em torno dos 5 milhões [de euros] por dia», pelo que três dias de greve pode praticamente anular os lucros da empresa em 2012, que ascenderam aos 16 milhões.
O presidente da companhia aérea disse ainda que se mantém em conversações tanto com o Governo como com os sindicatos para chegar a um acordo que permita impedir esta greve de três dias, mas ainda sem resultados.
«Obviamente que nós não desistimos. O tempo todo mantemo-nos em conversações e em contacto com os sindicatos e com o Governo, mas a verdade é que é uma posição ainda difícil», reconheceu Fernando Pinto.
O presidente da TAP voltou a afirmar que «toda a greve tira valor» à empresa, considerando que «é muito ruim principalmente para a imagem da empresa e para os passageiros».
No entanto, Fernando Pinto entende que há «um ponto positivo, que é o facto de não ser exatamente na semana da Páscoa», o que, acrescentou, demonstra «respeito pelos portugueses, que já estão com tantos problemas».
Os 12 sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP já entregaram o pré-aviso de greve para os dias 21, 22 e 23 de março, em protesto contra os cortes salariais na companhia área.
Em fevereiro, a TAP implementou os cortes salariais determinados para a generalidade da função pública e das empresas do setor empresarial do Estado, entre os 3,5% e os 10%, em salários brutos acima de 1.500 euros.