O diretor do polémico serviço alternativo aos táxis tradicionais diz que o caminho do sector é o diálogo, e não o confronto. Do outro lado, a reposta é um rotundo não.
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Entrevistado pela TSF, o responsável da Uber em Portugal que há um espaço para as novas plataformas eletrónicas no sector dos transportes que deve ser aproveitado por todos, táxis e não táxis.
As declarações de Rui Bento são feitas no dia é que é tornado público um estudo da UBER sobre a perceção de qualidade e a confiança de clientes e não clientes.
O estudo, encomendado pela Uber à Católica Business School de Lisboa diz que os os que já são clientes, estão satisfeitos. Os que ainda não são, admitem vir a ser e consideram útil o serviço.
A consulta foi realizada no inicio de julho. Foram recolhidas opiniões de 600 pessoas, 300 utilizadores do serviço e 300 não utilizadores.Todos foram pagos para responder às perguntas.
De acordo com os resultados, mais de 90 por cento dos utilizadores têm remunerações acima dos 2500 euros. Mais de setenta por cento residem em Lisboa e são homens. A julgar pela amostra, é reduzida a utilização do Uber, na Cidade do Porto.
O UBER, é um serviço de transporte individual que utiliza uma aplicação para smartphone, e pagamento por cartão de crédito.Em portugal, oficialmente, existem apenas serviços topo de gama, e com condutores profissionais.
Mas têm havido denuncias de utilização também do serviço mais polémico, Aquele em que qualquer pessoas pode inscrever-se com o seu carro pessoal, como motorista. A empresa nega que esse serviço exista.
O transporte de pessoas em portugal, como serviço pago, está sujeito a regras, e só pode ser assegurado por motorista profissionais.
O estudo agora divulgado surge a menos de duas semanas do protesto nacional dos taxistas, contra o serviço Uber. A ANTRAL, associação do setor, tem processos em tribunal para travar o UBER, mas uma dificuldade formal mantém o serviço em actividade.
Ouvido pela TSF, Florêncio Almeida, o presidente da ANTRAL, diz que não há margem para o diálogo com o serviço concorrente. Diz que isso seria a mesma coisa que conversar com uma empresa que "andasse aí a roubar carteiras".
Florêncio Almeida considera ainda que o estudo encomendado pela Uber foi desenhado por forma a denegrir a imagem dos taxistas.
Aparentemente, o procedimento judicial indicou uma morada nos Estados Unidos como sede da UBER, e a operação portuguesa tem sede jurídica na Holanda.