Em declarações à TSF, antigo ministro da Economia de António Guterres falou de «irresponsabilidade», do «adiamento de medidas absolutamente fundamentais» e de «loucura de querer fugir de uma negociação atempada, que devia ter sido feito há muito tempo».
Não se trata de «uma rendição, mas de um acordo com os nossos parceiros europeus» e com as «instituições de que participamos», com vista a conseguir melhores taxas de juro, ter um plano de estabilidade com medidas de crescimento a médio prazo e recuperar a «credibilidade», defendeu.
Augusto Mateus entende que quanto mais tarde Portugal pedir ajuda pior será, frisando que não se trata de uma «matéria de escolha política», mas de «bom senso».
«O rating da República começou a ser cortado em Março de 2010 (...) e ainda não fomos capazes de perceber que o nosso caminho não é de rendição, mas de defesa da nossa capacidade de decidirmos o nosso futuro, com negociações e acordos com instituições que ajudamos a construir e que foram feitas para nos ajudar nesta situação», reforçou.
