A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) garante que as câmaras não vão seguir a recomendação da entidade reguladora dos serviços de águas que propõe que as tarifas da água aumentem entre 19 e 42 por cento para acabar com a diferença de preços entre os vários municípios.
O secretário-geral da associação, Artur Trindade, saudou a atitude da entidade reguladora e aplaudiu o facto de ter divulgado um estudo que mostra como o sistema está desequilibrado, mas sublinhou que a decisão é política, cabendo a cada uma das autarquias.
O presidente da Quercus considerou a recomendação positiva, porque pode mudar comportamentos e levar os consumidores a serem mais poupados.
Hélder Spínola defendeu, no entanto, aumentos diferenciados de acordo com os rendimentos das famílias.
«Uma proposta como a que foi apresentada, que apenas faz um conjunto de escalões, com base na quantidade da água consumida, aumentando o preço para os escalões de consumos mais elevados, não tem em conta famílias numerosas ou famílias com menos recursos», alertou.
Para além desta alteração, o ambientalista entende que as facturas também devem ser mais elevadas nos consumos que vão «para além do necessário» de forma a «fomentar a poupança».