Bastonário dos Economistas defende opção de trabalho depois dos 70 no Estado

Leão Martinho afirma que se deve usar dinheiro da Segurança Social para criar incentivos à natalidade e estimular o envelhecimento ativo nas Administrações Públicas.

O bastonário da Ordem dos Economistas sublinha a urgência de combater o envelhecimento da população - e respetivos custos para os cofres do Estado - e defende que os trabalhadores das Administrações Públicas possam, caso queiram, trabalhar após os 70 anos, um limite imposto por lei há pouco menos de um século.

Entrevistado na TSF e Dinheiro Vivo, Leão Martinho afirma que o país deve "aproveitar o mais possível aquilo que a Europa designa por envelhecimento ativo, que é pôr as pessoas no mercado de trabalho se quiserem, se tiverem capacidade física e mental para isso".

Seria sempre uma opção e não uma obrigação, realça: "não é obrigar, é a pessoa escolher. Por exemplo, hoje a questão de se ter 70 anos que leva à jubilação de um professor numa universidade, talvez no futuro deva ser pensada uma solução mais flexível". O exemplo pode ser repetido noutras áreas: "há pessoas que poderão querer continuar, tal como por exemplo os médicos e outros que exercem para além da idade que designamos por idade da reforma."

Mas essa não é a única medida defendida por Leão Martinho para combater o problema do envelhecimento da população. Esse combate, explica, deve passar também pelos incentivos à natalidade, "que devem ser dados como outros países, como a Suécia ou a França já deram, e conseguiram inverter a quebra". Incentivos que passam por "facilidades aos pais, nomeadamente de horários de trabalho", e que seriam financiados com "desvio de verbas para motivar os casais que estejam em idade de procriar a fazê-lo".

"Não é gastar mais", garante, é "por exemplo desviar da verba da Segurança Social para serviços sociais, para fazer incentivos à natalidade".

Leia aqui a entrevista integral ao bastonário da Ordem dos Economistas.

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