O Conselho de Governadores, reunido no habitual encontro mensal, decidiu voltar a cortar em 10 pontos base a principal taxa de refinanciamento da zona euro, que estava desde novembro do ano passado nos 0,25%.
Além disso, colocou em valores negativos (-0,10%) a taxa de depósitos, que estava em zero, para penalizar os bancos que depositam dinheiro na instituição, numa medida inédita com o objetivo de impulsionar o crédito. Passou ainda para 0,40% (face aos anteriores 0,75%) a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez, através da qual o banco central empresta dinheiro aos bancos a um dia, com efeitos a 11 de junho.
O mercado já vinha a antecipar a ação do BCE de corte da taxa de juro diretora, até porque à baixa inflação da zona euro (que caiu para 0,5% em maio, longe dos cerca de 2% que o banco central deve manter a médio prazo) se soma o fraco crescimento da economia no primeiro trimestre (0,2% face ao período anterior).
No mesmo dia, o Banco de Inglaterra decidiu manter a taxa de juro no mínimo histórico de 0,5%.
O banco central britânico decidiu também manter o nível de estímulos monetários em 375 mil milhões de libras (461 mil milhões de euros).