BE diz que bancos querem que seja accionada ajuda do fundo europeu

O bloquista José Gusmão entende que os bancos portugueses decidiram não financiar mais o Estado, porque querem que seja accionada a ajuda do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

«O que parece é que os bancos estão a pedir a intervenção do Fundo [Europeu] de Estabilização Financeira», interpretou esta terça-feira o bloquista José Gusmão.

Segundo o Jornal de Negócios desta terça-feira, que avança a intenção dos bancos de não financiarem mais o Estado, na segunda-feira os banqueiros defenderam que deve ser feito, já nos próximos dias, um pedido de ajuda intercalar à Comissão Europeia de 15 mil milhões de euros, que serão suficientes para pagar todos os compromissos do Estado até finais de Junho.

Depois disso, defendem os banqueiros, o novo Governo deverá accionar o pedido de ajuda definitivo ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), adianta o jornal.

Esta situação, comentou o bloquista, «mostra como foi trágica a opção do Governo de responder a esta crise económica através de uma política de austeridade assimétrica».

Quanto a uma ajuda intercalar, José Gusmão disse que o Bloco de Esquerda não sabe de que mecanismo se trata.

«Temos dito que os rating destas agências não têm qualquer tipo de credibilidade. Aliás, eles têm mais acompanhado a evolução dos juros da dívida pública do que outra coisa qualquer», destacou, no dia em que Moody's reduziu o rating de Portugal.

José Gusmão disse ainda que «o que é importante sublinhar» é que «várias vezes a questão da credibilidade do país junto das agências de rating foi usada como argumento para justificar a política de austeridade», algo que «não só tem provocado um contínuo aumento dos juros da dívida pública, como também não tem impedido as sucessivas descidas do rating das agências».

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