É o momento de deitar água na fervura da tensão recente entre Bloco e Governo.
"A tempestade passou", disse Francisco Louçã, no habitual comentário à sexta-feira, na TSF, sublinhando o sinal com "implicações sociais e políticas" que resulta do acordo, entre BE e Governo, para rever o regime contributivo dos trabalhadores independentes.
Francisco Louçã, antigo dirigente do Bloco de Esquerda elogiou "o ministro Vieira da Silva e o deputado José Soeiro" pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos dois anos, considerando positivo o acordo depois do recente episódio em que, durante a discussão do Orçamento, o Governo travou uma proposta do Bloco para taxar os produtores de energias renováveis.
No último fim de semana, Catarina Martins tinha subido o tom das críticas acusando o PS de ser "permeável aos grandes interesses económicos".
Na resposta, o eurodeputado socialista Francisco Assis considerou que as declarações da líder do BE eram "um ataque ao caráter" do partido socialista.
Agora chega o degelo. Depois de ontem à noite, na TSF, o deputado bloquista Jorge Costa ter prometido que o Bloco vai ser "uma força de estabilidade", Francisco Louçã sublinha o recado para o PS.
"Ainda há margem para trabalhar pelas melhores soluções".
