A Comissão Europeia retirou Portugal da lista de Estados-membros com "desequilíbrios macroeconómicos excessivos", esta quarta-feira, por ocasião da adoção do "pacote de inverno de semestre europeu" de coordenação de políticas económicas, considerando agora que o país apresenta apenas "desequilíbrios".
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Depois de, em novembro passado, Bruxelas ter identificado 12 Estados-membros que considerou merecerem uma "análise aprofundada" devido aos seus desequilíbrios macroeconómicos, hoje decidiu retirar um desses países da lista (a Eslovénia) e desagravar o nível de desequilíbrios de outros três, Portugal, França e Bulgária, que passam a ser considerados países simplesmente com "desequilíbrios económicos".
Para Portugal e Bulgária, a Comissão Europeia sublinha a necessidade de prosseguir esforços complementares com vista a uma "correção sustentável dos desequilíbrios", pedindo a Lisboa que apresente em abril um Programa Nacional de Reformas "ambicioso".
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Carlos Moedas diz que a avaliação que é feita coloca Portugal numa situação que é equiparável à que Bruxelas faz a outros países europeus como a Alemanha e França. O comissário europeu Carlos Moedas definiu como "excelente notícia" a saída de Portugal da lista de Estados-membros com "desequilíbrios macroeconómicos excessivos", mas lembrou que o Governo tem de prosseguir "a maratona" da reforma.
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Em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, carlos Moedas afirmou que a decisão do executivo comunitário tem a leitura de demonstrar que o caminho que foi feito por Portugal foi de equilíbrio. "Finalmente, saímos daquele que é sempre o pior lugar. Estamos ali num bom lugar, ao pé de países que têm também problemas, porque há muitos problemas a resolver, mas estamos bem", resumiu.