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É lançada esta terça-feira, em Guimarães, a segunda fase da iniciativa Indústria 4.0. "Queremos passar para a fase de execução", garante agora o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, passados dois anos desde o lançamento da primeira fase do programa.
"A primeira fase foi uma fase de diagnóstico estivemos a avaliar quase 20 mil empresas para verificar como é que Portugal se posiciona dentro deste novo fenómeno da Industria digital e da automação", adianta o governante.
Pedro Siza Vieira descobriu que "Portugal está, em termos europeus, no meio do pelotão e há um grupo da frente que vai bastante mais adiantado". Por isso, "esta segunda fase é uma fase de ação". "É tentar colocar Portugal na cabeça do pelotão, correr mais depressa do que os outros, porque este é um desafio muito grande para a nossa economia e para as nossas empresas."
Neste âmbito, Pedro Siza Vieira gosta de dar um exemplo: "O desafio que a Indústria 4.0 coloca à industria é semelhante àquele que os smartphones colocaram à realidade das telecomunicações". Há 10 anos, todos tínhamos telemóveis para conversar e enviar mensagens de texto e agora os telefones inteligentes servem para muito mais do que isso.
Na Indústria 4.0, "os consumidores escolhem os produtos com as especificações que querem, seja ele um automóvel, seja um par de sapatos, e essas preferências vão dar indicações diretas às cadeias de produção daquilo que tem que ser entregue em muito pouco tempo", explica.
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Nos últimos dois anos, "chegámos à conclusão de que 25% das empresas portuguesas têm um grau de maturidade muito elevado neste setor, em termos de automação, robotização, de trabalharem com os dados dos clientes".
E, "as 64 medidas que constavam da primeira fase do programa foram executadas de uma forma que nos permitiu agora aumentar a nossa ambição. Como é que podemos generalizar aquilo que 25% das empresas já muito bem; como é que podemos formar as pessoas para estarem preparadas para lidar com as novas ferramentas digitais e de automação?", questiona Pedro Siza Vieira.
O ministro responde que este é trabalho para uma década em que "contamos formar 200 mil trabalhadores, assegurar que cerca de 20 mil empresas são capazes de assimilar estes novos conceitos e de os incorporar nos modelos de produção e queremos concretizar 350 projetos transformadores para os quais precisamos encontra financiamento em todos os setores da atividade económica onde estas matérias são relevantes", conclui.
Só para a formação e qualificação o Indústria 4.0 conta com 91 milhões de euros de um total de 600 milhões de euros de investimento público e privado.