Com a promessa que continuar a debater com as autoridades portuguesas as formas de compensar as medidas orçamentais rejeitadas pelo Tribunal Constitucional, mas sem garantir que os técnicos da troika vão regressar a Lisboa, o porta-voz da Comissão Europeia apelou à rapidez na implementação das novas medias.
«Contamos que as autoridades portuguesas estejam preparadas para as implementarem, tão depressa quanto possível», disse Olivier Bailly.
O responsável disse esperar que todos já tenham percebido, em Lisboa, a importância do consenso político em torno das medidas.
«Penso que já tornamos isso bem claro e em diferentes níveis, aqui na comissão, que continuamos a pensar como mencionamos na declaração da troika por estes dias, que o consenso político continua a ser para nós um requisito para a implementação dessas reformas», sublinhou.
Olivier Bailly disse ainda que a troika precisa de mais tempo para estudar as medidas.
«As medidas foram anunciadas pelas autoridades portuguesas esta manhã. Estivemos a consultá-las com eles. E foi por isso que a missão da troika deixou o país esta manhã. Levaremos um pouco mais tempo a analisar as medidas. Não posso dizer por agora se será necessária uma nova intervenção da troika», afirmou.
O porta-voz de Bruxelas escusou-se a esclarecer se o facto de a troika ter abandonado hoje o país está relacionado com algum grau de descontentamento em relação à medidas escolhidas pelo governo para compensar a rejeição das normas orçamentais.