Os novos tarifários, já em vigor, indicam que as anuidades dos cartões de débito passaram a custar 18 euros na Caixa Geral de Depósitos e 17 euros no Novo Banco.
Trata-se de uma subida de 20%, que a DECO considera exagerada face ao valor da inflação.
"A inflação de 2015 ficará à volta de 01 por cento e estamos a falar de aumentos de 20%, que não são minimamente adequados ao que é a natural evolução dos preços", disse à TSF o economista da DECO Nuno Rico.
A associação de defesa do consumidor pede que seja aplicado "um teto máximo de aumento", de modo a que os bancos sejam impedidos de ter liberdade para aplicarem aumentos tão elevados.
Nuno Rico lembra que nos últimos anos, os tarifários para estes e outros produtos bancário registaram uma subida "muito significativa, sempre muito acima da inflação".
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O economista calcula mesmo que, a manter-se a média de aumento dos últimos anos, "em 20230, dentro de 15 anos, estaremos a pagar mais de 50 euros por ano para ter um cartão de débito".
Em agosto do ano passado a DECO enviou ao Banco de Portugal e ao ministério das Finanças uma proposta para que fosse aplicado um teto máximo para estas taxas mas até agora não obteve qualquer reposta.
Fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos explicou à TSF que "o acréscimo de 3 euros no valor da anuidade dos cartões de débito enquadra-se no habitual processo de atualização de preçário que ocorre todos os anos".
Segundo a CGD, estas alterações estão relacionadas com "as implementações dos Regulamentos Nacionais e Europeus que impactam na área de meios de pagamento".
A CGD acrescenta que "as anuidades dos cartões de débitos continuam a ser devolvidas a jovens e reformados em determinadas circunstâncias previamente definidas e constantes do preçário".