Apesar da revisão em baixa, a Fitch reconhece que a performance económica e fiscal da Grécia, no âmbito do programa do FMI-UE, excedeu em muitos aspectos as expectativas, mas a elevada dívida pública faz com que a solvência fiscal fique altamente vulnerável a choques adversos.
Por outro lado, considera que apesar dos progressos significativos na redução do défice orçamental em 2010 - seis pontos percentuais do PIB, não obstante uma severa recessão - o esforço de consolidação fiscal da Grécia terá de se manter por muitos anos para que a confiança de crédito da Grécia fique ancorada de forma mais firme.
A receita grega ficou abaixo do esperado, o que reflecte uma fraqueza estrutural da administração fiscal e a prevalência da fuga aos impostos.
A Fitch incorporou no seu 'rating' o compromisso do governo grego de tomar medidas fiscais adicionais para cumprir a meta do défice para 2011, que o país actualizou para 15,4 por cento (dos 13,6 por cento previstos anteriormente).
Simultaneamente, a agência de notação reafirmou o 'rating' da zona euro no nível 'AAA', que é aplicável a todos os Estados-membros, incluindo a Grécia.
