Durão Barroso disse esta manhã, em Bruxelas, numa conferência sobre "Federalismo ou Fragmentação", que apesar de a política de austeridade seguida nestes países estar correta na teoria, «ela atingiu os seus limites em muitos aspetos».
«Porquê? Porque uma política, para ter êxito, não pode apenas estar bem desenhada, tem que ter um apoio político e social mínimo. Sei que há conselheiros tecnocratas que nos dizem qual o melhor modelo, mas que quando perguntamos como o implementar, dizem que isso já não é com eles», acrescentou.
«Isto não pode acontecer ao nível europeu. Precisamos de uma política que seja correta, mas, ao mesmo tempo, precisamos ter os meios para a sua implementação e da sua aceitação política e social. E foi aqui que penso que não fizemos tudo bem», concluiu.
O presidente da Comissão Europeia defendeu que a política de correção dos défice e da dívida, que sublinhou ser «indispensável», deve ser combinada com «um ênfase mais forte no crescimento e medidas de crescimento a curto prazo».