«Não sei do que estão a falar», afirmou o presidente da Comissão Europeia, quando questionado por jornalistas sobre a possibilidade de ser concedida uma ajuda intercalar a Portugal, um cenário que, segundo noticia esta terça-feira o Jornal de Negócios, é defendido pelos líderes dos principais bancos portugueses, que decidiram também não emprestar mais dinheiro ao Estado.
Durão Barroso indicou que compete às autoridades portuguesas decidir sobre um pedido de ajuda externa, pois só Portugal pode «saber se tem financiamento assegurado», mas garantiu que «a Comissão Europeia e a União Europeia estão prontas para ajudar qualquer pedido que Portugal queira fazer».
Questionado sobre se uma primeira ajuda pode ser concedida a título intercalar, de emergência, o presidente do executivo comunitário disse não ter ouvido falar de tal cenário, lembrando que o instrumento que a União Europeia possui actualmente é o Fundo Europeu de Estabilização Financeira.
Sobre os sucessivos cortes no rating da dívida portuguesa pelas agências de notação, Durão Barroso limitou-se a dizer que «é preocupante, é muito preocupante».
A Moody's baixou esta terça-feira em um nível a classificação de risco de pagamento da dívida de Portugal, passando-o para "Baa1", e admitiu que poderá fazer outras revisões em baixa.