O Económico, que foi primeiro semanário, e depois diário, anuncia a suspensão da edição em papel, mas é a própria administração do jornal que assume ainda tem esperança que a suspensão seja "temporária".
A última edição impressa está esta sexta-feira nas bancas. Por baixo da manchete do dia, sobre a situação no Brasil, há uma foto de um aperto de mão e uma palavra: "Obrigado". E um ponto final.
A situação financeira do jornal tem vindo a degradar-se, com os trabalhadores a acumularem salários em atraso. Uma situação que conduziu à greve da semana passada.
A administração do Económico diz que tem condições para manter em funcionamento o económico.pt, a que chama plataforma digital. Também a Económico.tv, vai continuar. Nos dois casos, diz a administração, com "conteúdos de excelência". Mas na nota publicada na última página do jornal não há nenhuma referência ao pagamento dos salário em atrasos.
Numa mensagem revelada há algumas semanas, os trabalhadores tinham pedido aos leitores para comprarem o jornal de forma a garantir a viabilidade do projeto.
O "Obrigado" na primeira página do Económico é dirigidos pela administração tanto aos trabalhadores como aos leitores.
O Diário Económico resultou da transformação em jornal diário de um dos mais antigos jornais de informação económica e financeira em Portugal, o Semanário Económico, que nasceu em 1989. Mais tarde passou a ter uma edição diária e, mais recentemente, terminou com a edição semanal. Depois de várias mudanças de mãos, é detido pelo grupo Ongoing, de Nuno Vasconcelos.
