A albufeira, que se divide em dois grandes reservatórios de água, com duas centrais independentes, ocupa uma área inundada de 2800 hectares, o que a torna a segunda maior do país, logo a seguir ao Alqueva, e demorou seis anos a ser construída.
Desde o passado dia 26 de Novembro que a central da primeira albufeira já está em testes e em janeiro produzirá energia para a rede. Se o São Pedro ajudar, ainda este mês, a segunda deverá repetir os ensaios e nos primeiros três meses de 2015 todo o empreendimento estará a funcionar em pleno.
Lopes dos Santos, engenheiro responsável da obra, diz que as mais-valias desta barragem passam pela produção de energia limpa e ao mesmo tempo pela capacidade de reserva de água para equilibrar a produção das outras quatro, no Douro, situadas abaixo desta.
Até hoje, em medidas de compensação, a Edp já investiu cerca de 10 milhões de euros e prevê ao longo dos 75 anos da concessão investir mais 60 milhões. Sérgio Figueiredo responsável da fundação EDP, diz que a empresa «teve aqui a capacidade de, a partir daquilo que a lei nos impunha de integrar a componente ambiental com aquilo que é o partido que as populações podem tirar dessas medidas do ponto de vista económico e social».
O responsável acrescenta que na região foi feito um investimento inédito e que a gestão futura do local poderia muito bem passar pela criação comum dum Parque Natural Sabor /Tua, uma vez que as duas áreas estão apenas separadas pelo vale da Vilariça. A obra custou 684 milhões de euros. Teve uma derrapagem de cerca de 20%, muito por causa dos trabalhos de arqueologia que ali tiveram que ser feitos e das cheias que obrigaram ao prolongamento de prazos.