EDP não quer esquecer a barragem de Fridão

Parte do Plano Nacional do Potencial Hidroelétrico, a barragem de Fridão foi suspensa pelo Governo, ao abrigo de um acordo com Os Verdes, para a formação do executivo.

Fridão está suspenso até ao final de 2019, mas, numa entrevista à TSF, realizada em Washington, durante um encontro de presidentes das companhias de eletricidade, António Mexia afirma que o dossier das barragens em Portugal ainda não está fechado.

"Teremos uma decisão a tomar sobre Fridão. O sistema não precisava dessa barragem naquele momento tivemos ao longo da última década uma distribuição da procura e agora voltámos a níveis pré-crise", defende o presidente executivo da EDP.

Por isso, "Fridão está como opção clara que tem que ser trabalhada em conjunto com o governo, autarcas. Neste momento está na agenda dentro do calendário que estava previsto que foi um adiamento de três anos", até final de 2019.

"Sentimos que fizemos o que tínhamos que fazer em relação ao projeto hídrico em Portugal", afirma António Mexia, que agora se vira para o setor hídrico noutras geografias. "A parceira com a CTG (China Three Gorges) tem sido importante para darmos escala à nossa ambição internacional no setor hídrico", sublinha o presidente da EDP.

Cimeira de presidentes do setor elétrico

António Mexia esteve em Washington para participar numa cimeira de presidentes das principais empresas do setor elétrico.

Foi há 25 anos, em Washington, que as companhias elétricas da América do Norte, Austrália, Japão e Europa começaram a ter encontros de 18 em 18 meses. São encontros à porta fechada, destinados à troca de contactos entre os presidentes das empresas globais do setor.

Este ano, a reunião, que teve a última edição em Portugal, regressou à capital dos Estados Unidos, com a situação internacional em pano de fundo e a perspetiva futura para os mercados da eletricidade a nível global.

"A realização destes encontros serve para trocar experiências e o setor vive hoje uma verdadeira mudança tecnológica que tem a ver com as renováveis, a descentralização da geração, mas, também, aquilo que é a digitalização e os serviços ao cliente é uma preocupação que junta aqui americanos, japoneses, europeus, australianos e canadianos. O tema essencial foi como tratar a descarbonização, como demonstrar que a eletrificação é a questão essencial e como a digitalização do setor veio colocar o cliente no centro deste revolução", adianta António Mexia.

(O jornalista viajou a convite da EDP)

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