AEP considera subida das exportações «importante» e «animadora»

O presidente da AEP congratulou-se hoje com a subida estimada das exportações, prevista pelo Banco de Portugal na terça-feira, e defendeu o aumento de impostos sobre o consumo.

O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), José António Barros congratulou-se, esta quarta-feira, com a subida estimada das exportações de 3,6 por cento contra os anteriores 1,7 por cento, numa reacção às previsões do Banco de Portugal divulgadas na terça-feira.

«A perspectiva do crescimento das exportações e da redução das importações é o factor mais interessante e que deve ser mais valorizado neste momento porque é por aí que se resolve o problema do país. Senão, resta-nos aumentar a receita e isso significa mais impostos», afirmou José António Barros aos jornalistas, à margem da conferência “PME - Recuperação Económica e Internacionalização”, promovida pelo Diário Económico.

O presidente da AEP defendeu também o aumento de impostos sobre o consumo «por um período transitório» como forma de travar as importações e de equilibrar a balança comercial.

«No período transitório que, quanto a nós, deveria coincidir com o período de aplicação do PEC, não me chocava nada que os impostos sobre o consumo  pudessem aumentar. O aumento do IVa, dos impostos sobre o tabaco, sobre o álcool. O que criaria uma receita, obrigaria a uma retracção sobre o consumo e uma vez que infelizmente a maior parte do nosso consumo tem uma componente importada muito pesada, ajudaria também a redução das importações», defendeu.

Fazendo uma análise mais abrangente das previsões do banco central, o presidente da AEP revelou que estas «não constituíram uma grande surpresa».

«Achamos que os dados tomados em consideração para a elaboração do Orçamento do Estado eram um pouco optimistas e, aliás, quando foi feito o PEC os dados que foram tidos em consideração e os cálculos feitos apontavam já para uma previsão menos optimista», considerou.

Portanto, "não foi para nós uma surpresa e pensamos que temos que nos habituar à ideia de que vamos entrar numa fase de crescimento, mas de crescimento lento e moderado", disse ainda.

O Banco de Portugal (BdP) reviu em baixa, na terça feira, a sua projecção para o desempenho da economia em 2010, prevendo agora um crescimento de 0,4 por cento, contra 0,7 da projecção anterior, e que o Governo ainda estima.

Para 2011, a revisão da projecção do regulador é agora mais negativa, uma vez que faz uma revisão em baixa do crescimento em 0,6 pontos percentuais. Segundo o BdP, a economia deverá crescer 0,8 por cento, ao contrário dos 1,4 previstos anteriormente, e aproximando-se assim dos 0,9 por cento previstos pelo Governo.

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