O ministro das Finanças desvalorizou os dados conhecidos esta sexta-feira, segundo os quais no primeiro semestre do ano cerca de 500 empresas fecharam portas e outras 1400 apresentaram processos de insolvência, considerando a situação «normal».
«É um processo que faz parte da própria renovação do tecido produtivo» e da «renovação dos tecidos económicos», sobretudo «numa economia dinâmica que tem de se modernizar e revitalizar», disse.
Por seu lado, o ministro do Trabalho e da Segurança Social defendeu que mais importante que as falências é o número das empresas novas no mercado, acrescentando que a economia portuguesa está a passar por um processo intenso de mudança.
Vieira da Silva afirmou que «o facto de se impedir falências nem sempre é um bom sinal, porque muitas vezes significa que se está a prolongar artificialmente a vida das empresas com custos para todos», inclusive para o Estado e para os trabalhadores.
«Aquilo que todos gostaríamos é que não encerrassem empresas e que novas empresas nascessem mas essa ambição não é fácil de concretizar numa economia que está num processo de mudança muito intenso», rematou.