Grupo TAP com prejuízo de 85,1 milhões de euros em 2014

O grupo TAP fechou o ano de 2014 com um prejuízo total de 85,1 milhões de euros. Em 2013, a companhia aérea tinha fechado as contas com um prejuízo total de 79,2 milhões.

Os prejuízos da aviação e a má prestação da Manutenção e Engenharia Brasil arrastaram as contas do grupo TAP. O relatório e contas da empresa assinalam um recuo dos capitais próprios para os 512 milhões negativos, refere o relatório e contas da empresa.

No total, o Grupo TAP fechou 2014 com um resultado líquido negativo de 85,1 milhões, um agravamento de 79,2 milhões, face aos -5,9 milhões obtidos em 2013. Se não fossem os impostos, o grupo teria apresentado um resultado operacional de 2,6 milhões de euros positivos.

O endividamento manteve-se relativamente estável, com a dívida a passar para 1062 milhões de euros - em 2013 tinha sido de 1051 milhões, mas os capitais próprios agravaram-se 37,1% para 511,9 milhões negativos.

Os números são conhecidos a cerca de um mês do prazo para apresentação de propostas de compra pela TAP, pois os potenciais candidatos têm fazer ofertas vinculativas até 15 de maio.

O Governo pretende vender 66% da companhia até ao final do primeiro semestre, mas enfrenta, nesta altura, um "braço-de-ferro" com os pilotos, que poderá resultar numa nova greve.

No relatório e contas, a administração da TAP, liderada por Fernando Pinto, assume que «em 2014 vários fatores tornaram evidente a necessidade de repensar a estratégia a longo prazo» do grupo.

O relatório adianta ainda que foi definido um novo plano para o período entre 2015 e 2020, baseado em seis principais eixos: «renovação e expansão de todas as frotas» para «manter a vantagem competitiva de custos unitários relativamente baixos»; «estar a par com aqueles que são os atuais padrões da indústria», nomeadamente «providenciar maior conforto aos passageiros»; «promover a distinção do produto e serviço oferecido, face às operadoras "low cost"».

Em quarto lugar, «um esforço de crescimento contínuo da rede e de aumento do foco nas operações do "hub" de Lisboa», fortalecendo «a posição nos mercados em que atualmente opera» e, em simultâneo, entrando «em mercados de elevado potencial e nos quais tem tido uma presença inferior»; «desenvolver um acrescido esforço de otimização da estrutura de custos de forma a assegurar uma base que permita crescer»; e, por último, «reposicionamento» das unidades de manutenção e engenharia em Portugal e no Brasil.

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