Após uma paralisação de três dias que provocou o cancelamento de 130 voos na semana passada, Fernando Pinto quebrou o silêncio para falar aos trabalhadores da empresa.
Numa carta enviada aos funcionários da TAP, e publicada esta quarta-feira pelo Diário Económico, o presidente da transportadora aérea portuguesa diz que continua disponível para encontrar soluções dentro das possibilidades da empresa, mas relembra que a TAP não deve nem pode comprar o diálogo.
Em comunicado, o sindicato dos pilotos da aviação civil já deu resposta às declarações de Fernando Pinto.
Os pilotos consideram que a «avidez» do presidente da TAP pelos prémios de gestão, que atingiram os 667 salários mínimos nacionais em 2008, depois de a empresa apresentar os maiores prejuízos de sempre.
No entender dos pilotos, a «avidez» não pode sobrepor-se ao interesse geral da empresa e dos trabalhadores.
O comunicado sublinha que a estabilização social da TAP também é um objectivo estratégico, acrescentando que os trabalhadores estão saturados e são impotentes para encobrir os «erros de gestão» de Fernando Pinto.