Secretário de Estado admite responsabilidades do Governo no fecho de empresas

O secretário de Estado Adjunto e da Inovação, Castro Guerra, admite que o Governo seja responsável, em parte, pelo número elevado de empresas que fecharam. Já Joaquim Cunha, da PME Portugal, não acredita nas linhas de crédito de apoio às empresas porque estas não funcionam.

O secretário de Estado Adjunto e da Inovação, Castro Guerra, aceita que o Governo tenha uma parte das responsabilidades perante o número elevado de empresas que têm fechado.

«Cabe ao Governo melhorar as condições das empresas e melhorar, em conjunto com o gestor financeiro, as suas condições de financiamento a linha de crédito Finincia», admitiu Castro Guerra que não desmente os números.

Ouvido no Fórum TSF, o secretário de Estado apontou, no entanto, o esforço do Governo para apoiar as empresas com a criação de uma linha de crédito com 750 milhões de euros.

Joaquim Cunha, da Associação PME Portugal, disse também no Fórum TSF que não acredita nos anúncios de criação de linhas de crédito porque, na prática, não funcionam.

«Essa linha de credito que já vai em 750 milhões de euros foi anunciada há mês e meio no parlamento pelo primeiro-ministro. O QREN, há 18 meses que existe e não tem praticamente candidaturas, nem tem aprovações, nem tem apoios», explicou.

O líder da Associação PME Portugal foi ainda mais longe ao recordar que o «Estado nem sequer paga as comparticipações à empresas».

Joaquim Cunha contestou também o número de 23 mil empresas criadas, em 2007, e que foi referido pelo secretário de Estado Castro Guerra.

O presidente da Associação PME Portugal lembrou que, no ano passado, fecharam 50 mil empresas e que este ano vão fechar ainda mais.

Ouvido também no Fórum TSF, o vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), Jorge Pais, espera que o Governo «olhe mais para o país» e que as soluções apresentadas tenham em conta a realidade.

«Nós temos um país real que tem as empresas que tem, e portanto, não podemos estar a definir medidas de apoio destinadas a uma realidade virtual. Temos que saber integrar as impresas que realmente atravessam dificuldades», declarou Jorge Pais.

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