Questionado sobre se o corte da notação da dívida espanhola decidido na véspera pela agência norte-americana Moddy's (A3 para Baa3), e o facto de os juros da dívida se terem aproximado, também na terça-feira, da "barreira psicológica" dos 7 por cento, o porta-voz dos Assuntos Económicos lembrou que não é prática de Bruxelas comentar as decisões das agências de notação, preferindo sublinhar que "as autoridades espanholas, com o apoio dos seus parceiros da zona euro e da União Europeia, assim como das instituições, estão a enfrentar a crise em todas as frentes com determinação".
Amadeu Altafaj Tardio recordou as reformas estruturais que estão a ser levadas a cabo no país, assim como as respostas na frente financeira, destacando a decisão anunciada no passado sábado por Madrid, e que teve o "apoio imediato" dos seus parceiros da zona euro, de pedir uma linha de crédito para a reestruturação e recapitalização da banca, até 100 mil milhões de euros.
"Todas estas respostas são aquelas que devem permitir à Espanha reforçar gradualmente a confiança entre todos os participantes no mercados, incluindo, esperamos, as agências de notação", defendeu.
Recusando assim a ideia de que a solução acordada no Eurogrupo do passado sábado é um "falhanço", face à reação dos mercados, o porta-voz do comissário Olli Rehn insistiu ainda que "reforçar confiança é um processo gradual", além de que Espanha também sofre efeitos de recentes desenvolvimentos nos mercados financeiros e na Europa, apontando que a situação da Grécia, por exemplo, tem efeitos nas reações dos mercados, cujo comportamento nos últimos três anos tem sido marcado por uma óbvia "aversão ao risco".