De acordo com a edição desta terça-feira do Diário Económico, que teve acesso ao Plano Nacional de Actividades da Inspeção Tributária e Aduaneira para este ano, o fisco vai concentrar-se em áreas como restaurantes, cabeleireiros, oficinas, agências de viagem, empresas de construção civil, advogados, notários, entre outros.
De acordo com o plano, a prioridade dada a estes setores deve-se ao facto de a atual situação económica poder dar origem a uma conduta fiscal que pode culminar em situações de fraude.
As orientações aos inspetores tributários, pedem, por isso, especial atenção ao registo de gastos fictícios, omissão de rendimentos ou a não entrega de retenções na fonte, entre outras situações.
Para a Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, os objetivos traçados pelo fisco são bem-vindos, desde que não esteja aqui em causa uma perseguição ao setor.
Jorge Neves da Silva, secretário-geral da ANECRA, espera que a prioridade dos inspetores se centre na economia paralela que tem um peso muito significativo e beneficia quem não deve.
Outra área sob vigilância dos inspetores do fisco será o da hotelaria. Em declarações à TSF, Miguel Júdice da Associação de Hotelaria de Portugal saúda a estratégia da Autoridade Tributária, diz que é preciso por cobro à falta de contribuição fiscal do alojamento paralelo e sublinha que quem segue as regras nada tem a temer.
Também os advogados vão estar sob maior escrutínio do fisco. O bastonário Marinho Pinto diz que a maioria é cumpridora e que a iniciativa terá o mérito de acabar com uma ideia feita.
O presidente da Associação de Agências de Viagem e Turismo, Pedro Costa Ferreira, também recebe a notícia com agrado e sublinha que seria bom que a atenção dos fiscais das Finanças chegasse às empresas que aparentemente operam à margem da lei.
Notícia atualizada às 9h39