Fitch: Acordo pós-troika «pouco provável»

O responsável da Fitch pela nota da dívida portuguesa não acredita que os partidos cheguem a um acordo para o pós-troika e diz estar convencido que o Governo vai optar por uma saída «limpa».

Michele Napolitano, analista sénior da Fitch, e responsável pela nota da dívida portuguesa naquela agência de rating, está convencido de que os partidos políticos não vão chegar a um acordo para a política orçamental pós-resgate, mas sublinha que isso não o preocupa porque «de qualquer forma Portugal vai ter de cumprir o Tratado Orçamental Europeu».

O responsável da agência afirma que «é muito raro haver acordos entre partidos sobre política fiscal antes de eleições» e por isso admite que «não acredito que aconteça».

Napolitano assegura que tal acordo «não é fundamental para o rating» mas admite que «tornaria tudo mais previsível no que diz respeito ao futuro da política orçamental».

Governo vai optar por uma saída limpa

Em tele-conferência de imprensa sobre a revisão em alta do outlook da dívida portuguesa (de negativo para positivo), Michele Napolitano afirmou ainda que está convencido que o Governo vai optar por uma saída limpa do resgate e não pela solução que a agência considera melhor - recorrendo a um programa cautelar - porque «Portugal tem neste momento acesso aos mercados, podem optar por uma saída limpa, e por isso não acreditamos que vão pedir um programa cautelar».

Napolitano alerta, no entanto, que o aperto orçamental vai continuar: «quer Portugal peça um programa cautelar ou não, o ajustamento fiscal tem de continuar para colocar a dívida numa trajetória descendente», afirmou.

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