A desvalorização do yuan, que resulta de um novo mecanismo de paridade da moeda chinesa, é considerada como um passo positivo para dar aos mercados um papel mais relevante na determinação da cotação da moeda.
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Em comunicado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elogia as recentes mudanças na política cambial chinesa, mas diz que só no futuro vai ser possível perceber se a medida terá os resultados previstos.
O FMI que, no início da semana, tinha dito que estava a acompanhar com atenção as mudanças no sistema cambial chinês, depois de uma forte queda nas bolsas chinesas, no final de junho, acrescenta agora que mais flexibilidade nas cotações da moeda chinesa deverá traduzir-se num maior dinamismo nos mercados.
Esta quarta-feira, a China reduziu o valor do yuan em relação ao dólar em 1,62%, a segunda redução em dois dias, informou a agência de notícias Xinhua. O Banco Central da China estabeleceu a "taxa de referência" diária do yuan em 6.3306 para 1 dólar, comparando com o valor de 6.2298 na terça-feira.
Na terça-feira, a mesma entidade anunciou a desvalorização do yuan em 1,86% face ao dólar norte-americano, com o intuito de reforçar a segunda maior economia mundial e estimular as exportações.
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A desvalorização da moeda chinesa - a maior desde as reformas do sistema monetário em 2005 - surge numa altura em que a economia se encontra em forte desaceleração. O objetivo é estimular as exportações, uma vez que a produção nacional fica mais barata.
No sábado, a China anunciou que as exportações tinham caído 8,3% em julho, a maior queda em quatro meses e muito acima do que era esperado pelos analistas (1,5%).