«Uma missão do FMI deve regressar ao Chipre esta semana para fazer avançar as negociações sobre as bases políticas de um possível programa de ajuda», afirmou o Fundo, num breve comunicado emitido na quarta-feira.
O governo cipriota tinha já anunciado também na quarta-feira a chegada próxima de uma delegação da 'troika' (FMI e Comissão Europeia e Banco Central Europeu) sobre a qual um porta-voz de Bruxelas disse, no entanto, não ter qualquer informação.
O FMI não esclarece se a sua missão vai incluir representantes europeus, mas sublinha que qualquer programa de ajuda deverá ser negociado «em cooperação com os parceiros europeus do Chipre» e que deveria ser compatível com um nível de dívida «viável».
No final de junho, o Governo cipriota pediu para beneficiar de uma ajuda, cujo montante podia ultrapassar os 10.000 milhões de euros.
Em contrapartida, a 'troika' exigiu a Nicósia uma redução de 15% nos salários dos funcionários públicos e de 10% nas prestações sociais, além de um aumento do IVA (Imposto de Valor Acrescentado).
Considerando que estas medidas eram demasiado pesadas para uma economia em recessão, o Chipre propôs que a redução das despesas não representasse mais do que 60% do plano, que tinha como objetivo a redução do défice acumulado de 1.000 milhões de euros até ao final de 2016, e não no fim de 2015, como recomendava a 'troika'.
Caso seja acordado um plano de resgate, o Chipre passa a ser o quarto país da zona euro (em 17) a ser colocado sob assistência financeira externa, depois da Grécia, da Irlanda e de Portugal.