O FMI pretende que Espanha aja de forma «urgente e determinada» com vista a uma «consolidação orçamental que coloque as finanças públicas numa base viável».
Em comunicado, a instituição saudou os planos espanhóis para reduzir o défice para três por cento até 2013, objectivos que são «fundamentais», sendo que qualquer «derrapagem tem de ser fortemente atacada».
O governo de José Luis Zapatero foi ainda aconselhado a fazer uma flexibilização das leis laborais de modo a encorajar a criação de emprego, num país onde a taxa de desemprego é superior aos 20 por cento.
O Fundo pretende que os custos com os despedimentos desçam aos «níveis médios em vigor na União Europeia», que a indexação dos salários com a inflação seja abolida e que haja uma «descentralização da fixação dos salários».
Outra das prioridades do FMI para Espanha é a «consolidação do sector bancário e uma reforma para a saúde e eficácia do sistema», no qual os «riscos permanecem elevados».
Entretanto, o Ministério espanhol da Economia já disse que a análise feita pelo FMi corresponde à feita pelo governo de José Luis Zapatero.
Em comunicado, este ministério resumiu a análise feita pelo FMI e pelo executivo de Zapatero como sendo o de que a «economia espanhola entrou numa fase de estabilização», se bem que a «recuperação ainda é frágil».
Este ministério lembrou ainda que o FMI «apoia plenamente o ambicioso programa de consolidação fiscal» apresentado pelo executivo de Madrid.