No final de um encontro com o primeiro-ministro da Bulgária, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, Pedro Passos Coelho foi questionado pelos jornalistas sobre a opinião manifestada pelo conselheiro do Governo António Borges de que é «uma urgência» diminuir os salários em Portugal.
Na resposta, Passos Coelho referiu que falou recentemente sobre este assunto, no último debate quinzenal no Parlamento, afirmando em seguida: «Não é política do Governo apostar em nenhuma desvalorização adicional dos salários portugueses. E, portanto, o Governo não está a preparar baixas dos salários em Portugal».
O primeiro-ministro acrescentou que a política do Governo «está traçada» e passa pelo congelamento de salários na função pública e das pensões durante o período de assistência financeira.
«Recomendámos a toda a sociedade portuguesa que houvesse contenção salarial, de modo que isso pudesse jogar favoravelmente com a nossa necessidade de corrigir o desequilíbrio externo, e isso tem vindo a acontecer. Portanto, não sinto nenhuma necessidade de estar a acrescentar novas medidas nessa matéria», concluiu.