Vieira da Silva considera que o aumento do salário mínimo para 580 euros é uma "evolução ambiciosa, mas ponderada". No Fórum TSF, o ministro do Trabalho e da Segurança Social salienta que a economia "não é uma realidade homogénea" e que há empresas que teriam muitas dificuldades para pagar mais do que 580 euros.
Vieira da Silva fala em ponderação relativamente ao aumento do salário mínimo.
"Há contratos coletivos de trabalho que fixam o salário mínimo em 700 euros, acima do valor legal. Agora, este valor legal também é para pequenas empresas que vivem com mais dificuldades, para as quais um aumento superior aquele que estamos a fixar poderia levantar problemas."
Questionado sobre se o governo vai avançar com a proposta de aumento do salário mínimo para 580 euros, Vieira da Silva respondeu que o executivo deve manter o valor, tal como está inscrito no programa.
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Ministro adianta que proposta do governo inscrita no programa não deverá ser alterada.
"Apesar de o governo ainda não ter apresentado nenhuma proposta para este ano, não vejo nenhuma razão significativa para alterar a trajetória que seguimos até agora", defendeu, acrescentando: "O mais provável é mesmo que seja esse o ponto de partida para o debate na concertação social."
O governo deve, assim, avançar em linha com o que está inscrito no programa, aumentando o salário mínimo em 23 euros - dos atuais 557 para os 580 euros. Uma proposta que conta com o apoio do Bloco de Esquerda, mas com a oposição do PCP, que defende uma subida para os 600 euros já em 2018.
A coordenadora do Bloco de Esquerda sublinhou esta segunda-feira que os aumentos de salários e pensões são positivos para a economia e, por isso, também para as empresas.
"A economia em Portugal está a recuperar, e isso é bom para toda a gente, desde logo as empresas veem a recuperação nos seus resultados, desde que começámos um processo de recuperação de salários e pensões", sublinhou Catarina Martins.