Socialistas e comunistas estão contra a privatização da Empresa Geral de Fomento e acreditam que o Governo se está a preparar para vender todo o setor das águas e resíduos.
O socialista Pedro Farmhouse lembra que está em causa o interesse nacional e entende que «todas as peças legislativas do Governo trazidas ao Parlamento são quase como gato escondido com rabo de fora».
«Não se fala de privatização, mas depois altera-se o memorando da troika e fala-se em abertura a capitais privados das Águas de Portugal», explicou.
Pedro Farmhouse recordou ainda que «não se fala em privatização das Águas de Portugal, mas fala-se depois em alterar a lei de limitação de setores, que permite a subconcessão a privados de tratamento e abastecimento de água».
Para este deputado do PS, estas ideias «põem em causa a sustentabilidade do grupo Águas de Portugal como instrumento fundamental do Estado no setor das águas e obviamente abre a porta à privatização de todos estes dois setores».
Opinião idêntica tem a deputada comunista Paula Santos que diz que o «objetivo é privatizar tudo o que tem a ver com águas, saneamento e resíduos».
«As várias propostas por parte do Governo em relação a esta matéria vão construindo o puzzle legislativo que permite exatamente isto. O que está em causa é a qualidade e serviços prestados por custos muito superiores para as pessoas», explicou esta parlamentar do PCP.