Greve no Porto de Lisboa põe em causa abastecimento dos Açores e da Madeira

Administração do Porto de Lisboa está muito preocupada. Diz que a ameaça de greve está a ter um impacto enorme.

A Administração do Porto de Lisboa (APL) diz que são já três as empresas de navios de carga que suspenderam a atividade na cidade.

Esta terça-feira foi conhecido que a maior empresa do mundo do setor, a Maersk, decidiu desviar os seus barcos para Sines e Leixões, mas a presidente da APL explica que outras duas empresas já tinham tomado idêntica decisão nas últimas semanas.

Marina Ferreira explica que em causa está uma ameaça de greve dos estivadores que ainda nem se consumou pois estes só vão parar se as empresas recrutarem trabalhadores precários.

Como os estivadores não podem fazer mais horas extraordinárias e as empresas não querem enfrentar a greve, há linhas de cargueiros que passam em Lisboa e estão com atrasos "incomportáveis de 4 ou 5 dias".

A presidente da APL fala num impacto "enorme" na economia e de inúmeras empresa, acrescentando que uma das empresas de navios de carga que deixou de passar por Lisboa abastece as ilhas, pelo que este abastecimento está "super comprometido".

Marina Ferreira recorda que era através do Porto de Lisboa que vinham e iam mercadorias para os Açores e Madeira. A empresa em causa já anunciou que vai mudar as operações para Leixões ou Sines, mas a responsável explica que há toda uma logística (armazéns, transportes, etc.) que dificulta essa transferência.

A responsável explica ainda que no caso da Maersk o que aconteceu não foi o fim das escalas em Lisboa, mas uma suspensão até que se resolva a greve dos estivadores.

A presidente da APL admite que esta situação está a causar danos graves à reputação do Porto de Lisboa e espera reunir rapidamente com os concessionários que terão de resolver os problemas com os estivadores de forma a cumprirem o que está escrito nos contratos com o Estado.

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