«Acreditamos que há pelo menos uma hipótese em três de a Grécia sair da Zona Euro nos próximos meses», se, por exemplo, rejeitar as medidas de austeridade e as reformas assumidas em troca de uma ajuda massiva da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, adiantou a empresa.
Num relatório onde analisam as consequências potenciais para as dívidas públicas da Zona Euro, os analistas da S&P preveem que a anulação do compromisso poderia conduzir «à consequente suspensão do apoio financeiro externo».
Este resultado, a concretizar-se, prosseguem, «iria prejudicar seriamente a economia e a situação orçamental grega no médio prazo e muito provavelmente conduzir a outra situação de incumprimento pela Grécia».
A Grécia vai a votos em 17 de junho, pela segunda vez em seis semanas, depois de umas eleições inconclusivas em 06 de maio, que viu os partidos apoiantes do acordo com a UE e o FMI serem severamente punidos pelos eleitores, hostis a uma austeridade sem fim e a aumentos de impostos permanentes.
A votação em 17 de junho transformou-se num voto sobre o compromisso com a UE e as associadas medidas de austeridade, com as sondagens mais recentes a mostrarem os respetivos apoiantes e opositores em posições muito próximas, numa disputa que pode ter consequências imprevistas para o futuro da Zona Euro.