António Mexia no Parlamento: "A EDP é o abono de família do Estado"

As rendas excessivas são "um conceito que não existe" para o presidente da EDP.

Ouvido esta terça-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, António Mexia defende a EDP dizendo que "esta é a empresa mais escrutinada do país" e todas as decisões tomadas têm que ser enquadradas nos diversos momentos da história ao longo dos últimos 25 anos.

"O enquadramento legal, regulatório e acionista foi definido ao longo dos últimos 25 anos através de decisões tomadas nos diferentes momentos. As decisões têm quer ser colocadas no momento em que foram tomadas pelo enquadramento das variáveis económicas que se verificavam na altura, por vários governos democraticamente eleitos e por este parlamento. Governos com diferentes apoios partidários, governos que foram fiscalizados por esta Assembleia e também por Bruxelas", sublinha aquele que é o presidente da EDP desde 2006.

António Mexia adianta que "não estamos a falar de uma obra de uma pessoa ou de um pequeno grupo de pessoas é o resultado do trabalho do Parlamento e do Governo em mais de duas décadas iniciado muito antes de eu ter estado na EDP, esse é um aspeto importante".

Na sua intervenção inicial, com mais de uma hora, Mexia adianta que "do lado desta empresa [EDP] as decisões foram sempre colegiais tomadas pelos seus órgãos sociais".

António Mexia diz ainda aos deputados que "não queremos privilégios, nunca quisemos, apenas queremos ser tratados com objetividade e isenção" e por outro lado, "A EDP foi e continua a ser um abono de família para o Estado" português, onde colocou cerca de 15 mil milhões de euros nos últimos 20 anos.

Mexia lembra que "a empresa é uma empresa 100% privada desde 2013, aparentemente há quem não se conforme com essa ideia de uma EDP privada. A EDP é das empresas que mais investe no nosso país, é das empresas que mais paga impostos , é das empresas com maior peso internacional e não deixou de ser portuguesa enquanto centro de decisão e de competências".

De acordo com presidente da elétrica a EDP, "é uma empresa global e os seus resultados são maioritariamente e crescentemente gerados fora de Portugal tendo, pelo contrário, a adoção de medidas retroativas e o não cumprimento de regras e contratos por parte do Estado tido um impacto negativo nos atuais resultados da companhia".

Para mais, "Portugal representa menos de metade dos lucros da EDP", justifica.

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