A transportadora aérea Ryanair admite avançar com um processo contra o sindicato de tripulantes de cabine se continuarem com as "falsas alegações" de violação da lei portuguesa.
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O presidente executivo da Ryanair explica que a companhia não está disposta a ver o nome e a reputação manchados por alegações falsas.
Em declarações à agência Lusa, Michael O'Leary avisa que vai avançar para tribunal caso o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) continue a acusar a companhia de violar a lei portuguesa.
"Todos dizem que a Ryanair violou a lei. Não, não violámos. Nós fizémos os nossos voos, cumprimos com os nossos clientes e com as famílias nas suas viagens para Portugal na Páscoa e trouxemo-los de volta. Isso é o importante", declarou o presidente da Ryanair.
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"Somos um grande empregador, um grande investidor em Portugal (...) e não estamos dispostos a ter o nosso bom nome e reputação manchados por alegações falsas feitas por um sindicato com representantes da TAP", explicou Michael O'Leary.
O responsável adiantou ainda à agência Lusa que ainda esta quarta-feira vai enviar cartas ao Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil e à Autoridade para as Condições de Trabalho, enquanto entidade inspetora, garantindo que a lei portuguesa foi cumprida.
"A nossa tripulação portuguesa está muito agradecida. Eles são bem pagos, estão felizes com o emprego que têm", garantiu Michael O'Leary.
"A greve, que foi convocada pela tripulação de cabine da TAP, deve ser ignorada. Se o sindicato tem um problema com a Ryanair, então venha falar connosco. Este é apenas um comportamento tonto dos sindicatos", criticou.
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Os trabalhadores da Ryanair fizeram um protesto de três dias na Páscoa. Na altura, o sindicato de tripulantes de cabine acusou a companhia aérea de substituir trabalhadores em greve, violando assim a lei do Trabalho em Portugal.