Mais de metade dos trabalhadores com contratos a termo certo, no terceiro trimestre do ano passado, tinham entre 15 e 24 anos.
Portugal é de resto, o terceiro país da União Europeia com maior incidência de trabalho precário, cerca de 22 por cento, abaixo apenas da Polónia e Espanha.
O Observatório das Desigualdades do ISCTE analisou os dados do Eurostat, e o investigador Renato Carmo afirmou na TSF não ter dúvidas sobre o aumento de precariedade.
Este estudo indica ainda que quem ganha menos são os jovens sem formação superior, sendo que a diferença de salários entre os licenciados jovens e os mais velhos pode chegar aos 900 euros no sector privado.
O investigador Renato Carmo admite que é uma «geração à rasca», acrescentando que a explicação para este facto está na incapacidade de resposta da Economia.
Por isso, diz Renato Carmo, é preciso mudar e apostar na valorização das qualificações.