A Galp Energia obteve em 2016 um resultado líquido ajustado de 483 milhões de euros, uma redução de 24% face aos 639 milhões alcançados no período homólogo de 2015, anunciou a petrolífera.
Em comunicado ao mercado, a Galp Energia informou que em 2016 o resultado líquido totalizou os 483 milhões de euros, menos 156 milhões do que no período homólogo, adiantando que "o impacto dos eventos não recorrentes, incluindo imparidades, foi de 324 milhões de euros".
Os resultados foram impactados pela descida das margens de refinação, que baixou de 4,3 dólares por barril (face aos seis dólares no período homólogo), reflexo da tendência internacional.
Também as vendas totais de gás natural registaram uma queda de 8% face ao período homólogo, explicada essencialmente pela descida dos volumes vendidos no segmento de 'trading', adianta a Galp em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários antes da abertura do mercado.
Já a comercialização de produtos petrolíferos manteve uma contribuição estável para os resultados.
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No último ano, a produção total de petróleo e gás natural registou um aumento de 48% face a 2015, o que se deveu à maior contribuição do pré-sal brasileiro com a entrada em produção de duas novas unidades (FPSO) - Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema e o ramp-up (reforço) de outras das seis já ali instaladas.
Já o investimento da companhia liderada por Carlos Gomes da Silva, que esta terça-feira apresenta em Londres o plano estratégico para os próximos cinco anos a analistas e investidores, totalizou 1.218 milhões de euros, 85% dos quais foram aplicados nos projetos de E&P (exploração e produção).
O montante investido em 2016 está em linha com o antecipado pela Galp há um ano, altura em que estimou um investimento médio entre os 1000 e os 1200 milhões de euros até 2020.
No mesmo período, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado do grupo em base ajustada (RCA) totalizou 1411 milhões de euros, menos 127 milhões de euros do que no período homólogo.
No final de 2016, a dívida líquida atingia os 1870 milhões de euros, um decréscimo de 552 milhões de euros face ao final de 2015. Considerando o empréstimo à Sinopec de 610 milhões de euros como caixa e equivalentes, a dívida líquida situava-se em 1260 milhões de euros, resultando um rácio de dívida líquida para Ebitda de 1,0x.